quarta-feira, 27 de abril de 2016

Pensamentos Perdidos:
(Conto de Ella - Capítulo XI - um conto com trilha sonora)

O que ele sonhava para os dois, nem mesmo ele poderia conseguir ou dar para Ella...

Mas ele sonhava como se fosse possível ter outra vida, como se fosse possível recomeçar, ou viver novamente... 

... vida onde poderia viver com Ella sem precipícios, sem recebê-la de outros braços, sem a raiva que em Ella era tão parte de si e de sua energia…

Ele sonhava outra vida, todas as vezes que sentia, em Ella, a necessidade de dançar, de chegar em casa junto com o sol e tê-lo à porta sem perguntas… 

Mas ele já não se bastava em silêncio: queria fazer as perguntas que Ella não responderia

Queria, nas respostas que Ella jamais daria, ver-se ivre das correntes a que se via preso...

(Fragmento de um conto sem nome - que passei a chamar “Conto de Ella”. Hoje, o capítulo XI, de um total de 15; continuação dos "Pensamentos Perdidos" das postagens:

Capítulo I, post 24 março 2016;

Capítulo II, post 27 março 2016;

Capítulo III, post 31 março 2016;

Capítulo IV, post 2 abril 2016;

Capítulo V, post 7 abril 2016;

Capítulo VI, post 10 abril 2016;

Capítulo VII, post 14 abril 2016.

Capítulo VIII, post 17 abril 2016

Capítulo IX, post 21 abril 2016

Capítulo X, post em 23 abril 2016

todos aqui do blog!).

(Quando escrevi este conto, imaginei-o com a trilha sonora de cada capítulo... no original, o trecho da trilha sonora imaginada para a narração, vinha ao lado do texto. Por questões de formatação, não consigo fazê-lo aqui. Em breve estará disponível na iBooks e Amazon, o conto completo… Com a indicação da trilha sonora! 
Para cada capítulo, há uma música diferente, com os versos da letra, pinçados por mim, para interagir com o conto. 
Penso que muito se esclarecerá com a trilha sonora. Muitas frases soltas, passarão a fazer sentido. Porque jamais o imaginei sem as música… então escrevi apenas umas partes… as outras, a trilha sonora é que conta!)


Por Luís Augusto Menna Barreto 

24 comentários:

  1. "Ver-se livre das correntes a que se via preso".
    Tão intenso, tão verdadeiro.... Enfim ..." Sonhava como se fosse possível ter outra vida". Sonhar... Eis que precisamos... Nunca perdermos a capacidade de sonhar....

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  2. Essa capacidade de sonhar,de achar que o melhor está por vir....Esse é o segredo da vida...
    Esse amor deles nos prende,nos deixa na torcida...
    Acredito que agora é questão de tempo...
    Esse amor vencerá...!

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    1. Eu também torço muito... realmente não sei o final..... já soube... Hoje, não sei mais....!!
      Obrigado, Michele!!

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  3. Pois não e que a paixão e os sonhos continuam na sua vida em relação a Ella. Ele sonha em outra vida para que nessa outra vida tivesse uma outra oportunidade no amor que a Ella dedica. Assim ele se vê, se posiciona, sonhando, diante desse amor que não lhe corresponde e esse sonho e navegar no imaginário, e ficar na deriva quanto ao seu bem querer, e mais, e naufragar na sua existência sentimental.

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  4. Essas perguntas que se respondidas lhe tirariam ou dimunuiriam a aflição, quantas vezes nos vemos assim, com algo para resolver, mas que dependemos de respostas ou decisões de outrem...a partir do momento que temos essas respostas nos sentimos livres, algo tão simples, mas que as pessoas ou o tempo embaraça!! Como é bom sentir-se livre!!!

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    1. Verdade Camila é muito bom sentir-se livre ao obter as respostas que esperamos...mas muitas vezes nós temos as respostas à muitas perguntas e dúvidas nossas, entretanto essas respostas não são aquelas que gostariamos de ouvir,então fingimos não tê-las e ficamos com o silêncio do outro...

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    2. Como respostas são importantes....
      ..... mas às vezes, nem fazemos as perguntas....!

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    3. Com toda certeza...sem perguntas...só com sentimentos...

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    4. Com toda certeza...sem perguntas...só com sentimentos...

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  5. Oi Valdo gostei muito do seu comentário. Tudo bem no RS?
    Quando amamos de verdade as intercorrências do relacionamento no seu vai e vem rompem barreiras e consolidam sentimentos. Viva o amor sem rótulos. Pra ser verdadeiro não precisa ser sofrido só querido.

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    1. Que sejam, então, "queridos" todos os nossos amores, Dr. Izamir!!!!

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  6. Luís, o conto e lindo! Mas onde esta trilha sonora? Quero ler e ouvir a música selecionada.ou passei desapercebido

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    1. Oi, guria!!! No final de cada capítulo aqui no blog, tento explicar:

      (Quando escrevi este conto, imaginei-o com a trilha sonora de cada capítulo... no original, o trecho da trilha sonora imaginada para a narração, vinha ao lado do texto. Por questões de formatação, não consigo fazê-lo aqui. Em breve estará disponível na iBooks e Amazon, o conto completo… Com a indicação da trilha sonora!
      Para cada capítulo, há uma música diferente, com os versos da letra, pinçados por mim, para interagir com o conto.
      Penso que muito se esclarecerá com a trilha sonora. Muitas frases soltas, passarão a fazer sentido. Porque jamais o imaginei sem as música… então escrevi apenas umas partes… as outras, a trilha sonora é que conta!)

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  7. EPIGRAMA

    Al perderte yo a ti,
    tú y yo hemos perdido:

    yo, porque tú eras
    lo que yo más amaba,

    y tú, porque yo era
    el que te amaba más.

    Pero de nosotros dos,
    tú pierdes más que yo:

    porque yo podré
    amar a otras
    como te amaba a ti,

    pero a ti nadie te amará
    como te amaba yo. (...)
    ERNESTO CARDENAL

    Ele diria este poema para Ella, autor?

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    1. Acho que ele leria o poema e guardaria para si próprio... Ella sequer o ouviria declamar...!

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  8. Ana, que lindo! Concordo contigo, com toda certeza ele diria este poema...

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    1. Ella, talvez, escutaria se fosse uma música... um poema ela não teria paciência.....!

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  9. Não é mesmo, Silvina? Este poema de Ernesto Cadernal é bonito demais! Se Ele dissesse à Ella tais versos e, mesmo assim, ela se mantivesse indiferente, eu diria a ele: desista, Ella não o quer nem vai querer nunca.

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    1. Talvez Ella não o queira... talvez ele desista.......

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    2. Oi Ana, com certeza Ella quer ouvir... O Amor está em cada parte do conto. O Amor em sua plenitude, mas com suas fragilidade. Na verdade , Ella sofre com a possibilidade da desistência dele...

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  10. E no decorrer dos nossos sonhos, em relação ao ser que amamos, começamos a respirar o necessário à liberdade. Uma vontade, sem receios, de apagar passados desconcertantes que fizeram - àquele que tanto queremos bem – amarras de corações doídos e, agora, tortos na própria solidão.
    Como antes, me identifico com ambos.
    Ella, com suas iras, amargadas pelos braços nada sedutores dos que apenas queriam seus desejos realizados em momentos vazios...
    Ele, com seus questionamentos, travados na guerra interna, evitando respostas que não caibam no amor futuro desejado.
    Correntes que trazemos em nós – mesmo quando os cadeados estão abertos aos nossos olhos!
    Tudo isso, porém, faz parte. Da maturidade, envolta às conquistas que os dois querem – mas nem sabem! – alcançar... E vão?...

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    1. Que lindo..... interpreta-os melhor do que eu mesmo.....!
      Tu praticamente prefacias o conto......
      Tão obrigado...!!

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